sexta-feira, setembro 09, 2005


Anõe que somem, anões que aparecem e fogem, anões que morrem, anões que buscam tragédias...

... e a Branca de Neve entrou em sono profundo, porque ela sempre foi muito glutona, comeu uma maçã. A ironia, talvez, é que ela nunca comeria uma maçã do amor, creio eu, porque daí sim, ela estaria, nesse meio tempo, construindo um castelo para se esconder dentro, e nunca morar. Ou melhor: uma fortaleza.

Como seria essa fortaleza?
Teria uma masmorra, é óbvio, porque todo herói se destinaria até lá para regatá-la, mas a fortaleza é tão rica e adornada, tudo brilha tanto e é tão encantado, que certamente o fosso que dá para o porão enlameado passaria reto.

Mas ela não estaria ali por fazer parte daquele meio, nem por não querer ser resgatada, mas apenas porque bravos seriam audazes de captas uma respiração baixa e ofegante de desespero???

Mas de que adianta pensar em hipóteses?
Ela dorme.
Um sonho de queda, mas não fatal.
Queda de doendes e fadas.
Mas todos de papelão.

Ela não tem medo, e nunca teve. Ela nunca soube o que é temer.
Talvez seja a hora.
Talvez seja a hora dela.